Apoteose do Apogeu
Ah!
Quantos sonhos humanos deviam florescer,
mas
pela infâmia da fera eles vão perecer!
Vejam
os espectros humanos,
perdendo
em consciência para os irracionais,
cavando
as entranhas da terra
buscando
a origem dos seus ancestrais.
Eles
vivem perdidos no tempo,
emprestando
a memória do computador,
porque
desconhecem a existência
e
perderam a crença em seu criador.
É a
geração dos roboanos,
ocupando
os lugares dos seres humanos.
São
máquinas mortas sem vida.
A
vida da terra está sucumbida,
pois
todas as virtudes do mundo, o mundo esqueceu.
E
esta é a apoteose do seu apogeu.
Querendo
recompor o mundo
e
rever a história dos tempos atrás.
Bobagem,
tô vendo e sabendo que tudo
que
o homem desfez, o motor não refaz.
A
ciência envenena a terra
investindo
na guerra e matando o amor.
E
nem mais um cacho de flor
para
enfeitar a mortalha do destruidor
não
sobrou.
Autor Raimundo Amaral, o poeta da Amazônia