segunda-feira, 23 de março de 2020

Apoteose do Apogeu


Apoteose do Apogeu
Ah! Quantos sonhos humanos deviam florescer,
mas pela infâmia da fera eles vão perecer!

Vejam os espectros humanos,
perdendo em consciência para os irracionais,
cavando as entranhas da terra
buscando a origem dos seus ancestrais.

Eles vivem perdidos no tempo,
emprestando a memória do computador,
porque desconhecem a existência
e perderam a crença em seu criador.

É a geração dos roboanos,
ocupando os lugares dos seres humanos.
São máquinas mortas sem vida.

A vida da terra está sucumbida,
pois todas as virtudes do mundo, o mundo esqueceu.
E esta é a apoteose do seu apogeu.

Querendo recompor o mundo
e rever a história dos tempos atrás.
Bobagem, tô vendo e sabendo que tudo
que o homem desfez, o motor não refaz.

A ciência envenena a terra
investindo na guerra e matando o amor.
E nem mais um cacho de flor
para enfeitar a mortalha do destruidor
não sobrou.
Autor Raimundo Amaral, o poeta da Amazônia

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